A Apneia Obstrutiva do Sono é uma doença crônica que ainda não é tão conhecida, mas acomete cerca de 30 % dos brasileiros acima de 50 anos de idade.
Nessa doença, ocorrem pausas respiratórios frequentes durante o período em que o paciente está dormindo. Nesses intervalos de pausas na respiração, há uma diminuição na quantidade de oxigênio circulando pelo corpo e isso vai levar a despertares rápidos chamados de microdespertares.
Com esses microdespertares, a qualidade da noite do indivíduo acometido fica bem prejudicada, causando sintomas diurnos como: cansaço, fadiga, diminuição da atenção e da velocidade do raciocínio, além de sonolência excessiva diurna.
Muitas vezes, os pacientes passam por esses sintomas de forma despercebida, se arrastando ao longo de anos com múltiplas apneias noturnas. Contudo, a longo prazo, problemas ainda mais graves vão surgindo. Pessoas com Apneia Obstrutiva do Sono tem maiores chances de desenvolver HIpertensão Arterial Sistêmica ("pressão alta"), Diabetes Mellitus e Doenças Demenciais (como Alzheimer). Além disso, devido ao constante estado de inflamação, pode ocorrer mais eventos tromboembólicos como AVI e Infarto Agudo do Miocárdio ("Infarto do coração"), como também maior probabilidade de Impotência Sexual.
Apesar de tudo, o ronco é o sintoma que traz o paciente para a consulta, uma vez que acaba incomodando o companheiro. Contudo, é importante salientar que sempre que houver ronco devemos investigar se também há Apneia do Sono.